Não é de hoje que a água doce é vista como um bem precioso, tanto que até mesmo os Nômades sabiam disso quando habitaram Wadi Faynan. Concomitantemente, eles descobrem o quanto é grande o seu poder utilitarista e apropriador dos recursos naturais, quando deixa de ser Nômade e se torna sedentário.
É a partir daí que o homem inicia o ciclo do desmatamento, atingindo principalmente as fontes de água, provando com isso que não é de hoje que ele não respeita os recursos naturais. Atualmente a escassez de água não está restrita a países pobres, a maioria das nações ricas como os Estados Unidos são obrigadas a terem a seca e a desertificação dentro das suas paisagens. Alguns países europeus também estão passando por problemas graves de falta de água, assim poderão entrar em crise se a situação não melhorar. Sabendo disso os 3% de água doce que ainda restam no planeta se torna o ouro do século XXI.
A Organização das Nações Unidas (ONU) publica relatórios apavoradores sobre a escassez de água doce. Um deles afirma inclusive que em regiões do continente africano, por exemplo, as mulheres são encarregadas de transportar água em percursos que levam entre quatro e oito horas de caminhada por dia e que nesse trajeto são seqüestradas, estrupadas ou mortas. Tudo isso devido à falta de água em suas comunidades.
O problema da escassez de água doce também atinge o Brasil, que é um dos países que possuem os biomas mais diversificados, com flora e fauna encantadores. Mesmo sabendo disso, a população brasileira desperdiça até 45% de sua água, segundo informa a Organização Mundial de Saúde (OMS). Com dados tão alarmantes não seria utopia em afirmar que a pouca porcentagem de água existente no planeta pode diminuir ainda mais os próximos anos devido ao grande desperdiço. Não é uma inverdade também afirmar que somos nós os principais protagonistas dessas catástrofes ambientes, que partem de problemas ambientais críticos a problemas ambientais menos críticos, classificados pela ONU de acordo com a gravidade da problemática.
É possível sim uma modificação cultural do nosso estilo de vida, partindo do principio de que é preciso interpretar o novo cenário ambiental em que vive nosso planeta e temos que aprender a participar da administração pública, sabendo que existem leis que consagram o uso múltiplo da água. Está mais do que na hora de tomarmos medidas que venham a contribuir para apaziguar essa problemática. Dessa forma chegou o momento de sermos atuantes, ajudando construir uma sociedade mais ética que se preocupa com o dia de amanha e que é definitivamente contra o utilitarismo exagerado, para que através disso garantir o futuro das novas gerações.
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